Agência PARLASUL (09/10/2025). Nos dias 6 e 7 de outubro, foi realizado na sede da CAF, em Assunção (Paraguai), o 2º Fórum Fluvial Sul-Americano, um espaço de referência para o debate e a construção de consensos sobre o futuro das hidrovias da região, com a participação dos Parlamentares do MERCOSUL Gabriel Fuks (Argentina) e Derlis Maidana (Paraguai).
Com mais de 120 participantes presenciais e mais de 1.500 participantes virtuais, este segundo Fórum reuniu em Assunção autoridades, especialistas e representantes dos setores público e privado para debater sobre integração, infraestrutura, inovação e sustentabilidade das hidrovias como eixos estratégicos de desenvolvimento regional.
Ao intervir em um dos painéis, o Parlamentar Fuks destacou a necessidade de abordar a agenda hidroviária com uma visão regional e governança transparente:“Não se pode trabalhar parcialmente os processos licitatórios; é preciso trabalhá-los a partir de uma visão regional” e “é absurdo manter vias separadas” entre os âmbitos técnicos e os órgãos formais do MERCOSUL, afirmou, ao propor que os debates estratégicos sejam articulados institucionalmente dentro do bloco.
Fuks também defendeu que a hidrovia seja encarada “como um todo” e não apenas “como um caminho”, com regras compartilhadas que garantam eficiência logística, segurança jurídica e altos padrões ambientais e sociais.“Estamos falando de políticas públicas que ajudem a melhorar a situação”, concluiu, ressaltando o papel do PARLASUL em dar direção política a uma governança fluvial que envolva Estados, setor privado, academia e organismos regionais.
Com ampla participação presencial e virtual, o Fórum deixou como eixo central a necessidade de articular Estados, organismos regionais, setor privado e academia para transformar as hidrovias em corredores integrados de comércio exterior, segurança energética e inclusão territorial, alinhados com as metas de sustentabilidade e desenvolvimento dos povos do MERCOSUL.
Durante dois dias de intenso trabalho, o Fórum colocou no centro da agenda regional a necessidade de potencializar as vias navegáveis como corredores de integração, competitividade e sustentabilidade. Em um contexto de crescentes desafios logísticos, ambientais e tecnológicos, destacou-se que a região conta com um capital estratégico em seus rios e sistemas fluviais, cuja gestão coordenada pode gerar impactos positivos no comércio exterior, na segurança energética e na inclusão territorial.