O Presidente do Parlamento do MERCOSUL Arlindo Chinaglia (Brasil) e os Vice-presidentes Jorge Taiana (Argentina) e Daniel Caggiani (Uruguai) manifestam sua grave preocupação com a situação de instabilidade institucional e política pela passa a República Bolivariana da Venezuela.
Para os Parlamentares tal situação acarreta incertezas ao processo de integração, em prejuízo do Mercosul e de todos os Estados Partes, em particular à Venezuela.
O Parlamento do Mercosul vem adotando uma postura moderada, conciliadora e de defesa da institucionalidade do bloco, em relação à Venezuela, país importantíssimo para a integração.
Por isso, o Parlamento do Mercosul defendeu, no caso da recente suspensão desse país, que a questão fosse levada ao órgão de solução de controvérsias do bloco, de modo a que a decisão tivesse amparo técnico e jurídico sólido. Os Parlamentares entendem que é de vital importância manter essa postura neste momento difícil. Nada seria mais prejudicial ao bloco que tal conflito fosse manejado ao sabor das idiossincrasias de forças políticas específicas, que tenderiam a agravá-lo.
Por isso, os parlamentares compreendem que os governos do bloco deveriam evitar atitudes drásticas que possam isolar a Venezuela e agravar os dissensos internos. Neste momento, há que prestigiar como nunca o diálogo e a moderação.
De outro lado, valoram a decisão do Tribunal Supremo de Justicia de rever a sua medida de suspender as funções do Legislativo venezuelano. Tal revisão diminuiu a temperatura do conflito político naquele país e é consentânea com o princípio da separação dos poderes e o reconhecimento da soberania do voto popular.
Entendem que o único caminho para a superação do grave conflito venezuelano é o da conciliação entre as forças em conflito, amparada num diálogo democrático amplo, aberto e transparente.
Por último, expressam a sua convicção de que o povo venezuelano saberá encontrar, por meios próprios, a solução para os conflitos da Venezuela, a qual deverá passar, necessariamente, pela afirmação e renovação da fonte última do poder numa democracia: o voto popular.
Arlindo Chinaglia - Presidente do Parlamento do MERCOSUL
Jorge Taiana - Vicepresidente pela Argentina
Daniel Caggiani - Vicepresidente pelo Uruguai