Durante o mês de agosto na cidade de Assunção, se efetuarão várias atividades entre o dia 24 e o dia 29 em diferentes centros públicos da capital paraguaia. A inclusão do idioma guarani no MERCOSUL será um dos eixos temáticos da atividade.
Este evento apresentado no Centro Cultural da República, edifício “El Cabildo”, o braço cultural do Congresso, tem como objeto normalizar seu uso no Paraguai, onde é oficial junto ao espanhol.
O nome escolhido para a semana é "Rohayhu Che Ñe'e" ("Amo meu idioma", na língua guarani). "Queremos celebrar nossa língua, celebrar sua vitalidade e promover seu uso", disse durante a apresentação Ladislaa Alcaraz, titular da Secretaria de Políticas Linguísticas (SPL).
Alcaraz ressaltou durante sua intervenção que a semana é fruto de um trabalho realizado com a colaboração de várias instituições estatais dirigido a reposicionar o guarani e deixar constância de sua riqueza e versatilidade.
Alcibíades Brítez, técnico da SPL, disse que a semana de agosto pretende elevar o status dessa língua e o "orgulho de seus habitantes a ela". Brítez também se referiu à necessidade de que o guarani, tanto oral como escrito, seja introduzido em âmbitos onde não está muito presente, como, por exemplo, na função pública, e seja ao mesmo tempo vez uma ferramenta de trabalho e convivência social.
"Rohayhu Che Ñe'e" é a continuação da Semana em Língua Guarani celebrada em 2014 e coincidirá com a comemoração, em 25 de agosto, com o "Dia do Idioma Guarani". Nela participam instituições estatais, educativas e professores de guarani na Argentina, um dos países donde se fala esta língua pré-colombina.
Estima-se que 90 % da população do Paraguai é bilíngue em castelhano e guarani, e aproximadamente 57 % comunicam-se unicamente neste idioma, segundo o último censo nacional, que data de 1992.
O guarani se integrou em março de 2014 como terceiro idioma de trabalho oficial, junto com o espanhol e o português, no Parlamento do MERCOSUL (PARLASUL), uma decisão considerada "histórica" para a América, segundo a SPL. A medida converteu ao PARLASUR no único dos organismos regionais da América em utilizar uma das suas línguas nativas.
Fonte: Agencia EFE
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