Esta quarta-feira, 26 de fevereiro, oficiou-se a Cerimônia Protocolar por motivo da assunção do Parlamentar venezuelano Saúl Antonio Ortega Campos como Presidente do Parlamento do MERCOSUL, en el Edificio MERCOSUR.
Em rodada de imprensa, o Presidente do PARLASUL, Saúl Ortega, expôs que esta é a primeira vez que um venezuelano preside o PARLASUL, “temos experiência no debate político do Parlamento em conjunto com as bancadas de cada um dos países deste Protocolo e representação das forças políticas dos parlamentos nacionais (…) é um momento importante que vive o MERCOSUL com seus momentos altos e baixos, a presidência da Venezuela se compromete a fazer o maior esforço em função de seguir apoiando o desenvolvimento e o sucesso do MERCOSUL, este é um bloco de integração importantíssimo para afirmar os outros órgãos que têm nascido, com mais caráter político (…) o MERCOSUL tem muito que contribuir ao desenvolvimento da UNASUL e da CELAC”.
Explicou que a Venezuela é atualmente “um país donde funcionam as instituições, é um país democrático, onde se garantem os direitos políticos e sociais de todos os venezuelanos, nós somos um país petroleiro e somos um país assediado pelos Estados Unidos da América, que querem se apoderar de nosso petróleo (…) e tem lançado um plano de desestabilização e controle da energia, o que se conhece como as primaveras árabes, sob o esquema da transição (…) e o fazem no Afeganistão, Síria, Nigéria, e em todos os países petroleiros."
Da mesma forma, expôs que “os venezuelanos são os donos do petróleo venezuelano (…) e desde então, há um processo de assedio para derrocar o governo venezuelano, isso há continuado, e no ano passado lançaram uma rebelião armada que deixou 43 pessoas mortas, armado por um movimento chamado “A Saída”, que não são partidos políticos, está conformado por María Corina Machado, Antonio Ledezma e Leopoldo López”, também nomeou a participação de militares venezuelanos e de jovens treinados na Colômbia.
Também denunciou as ações da “transição”, onde também um representante de segurança ante o Congresso Americano, já anunciou fatos de violência antes das eleições parlamentarias, ao que o Presidente Ortega, advertiu que “em nosso país haverá paz e tranquilidade e muita democracia e os venezuelanos terão a possibilidade de se expressar nas urnas eleitorais”.
Sobre o falecimento do jovem de 14 anos no Estado de Táchira, indicou que “lamentamos e condenamos e não se toleram estas práticas”, concluindo que todo o peso da lei vai cair sobre o culpado. Por outra parte, lhe desejou “a melhor das gestões a Tabaré Vázquez e felicitou ao “Pepe” por seu esforço (…) temos as melhores relações com o governo uruguaio” e agradeceu o apoio ao Frente Amplio.
Por outro lado, assinalou que a oposição na Venezuela existe e tem força, com mais de 60 deputados, prefeitos e governadores, pelo que se está dando um debate, “Ledezma foi preso pela Fiscalía, porque realiza uma investigação, ele tem seus advogados, tem direito a sua defesa pelo que se lhe imputa e está a confissão dos militares e a confissão própria onde chama à saída, ele chama a violar a constituição e às leis”.
Sobre a guerra econômica opinou que o preço do barril de petróleo chegou aos 38 dólares, “uma caída, que a gente diz se deve a que os Estados Unidos têm sucesso pelo petróleo de esquito, onde os expertos dizem que não durará más de dois anos”, pelo que aclarou que uma razão para a baixa do petróleo é devida ao petróleo “roubado” de Irak, Líbia, Síria y Nigéria (…) “mas isso é conjuntural e será derrotado, e a soberania desses povos triunfará”.
O parlamentar Saúl Ortega, novo Presidente do PARLASUR participará na Cerimônia de posse neste 1° de março, no qual que assumirá Tabaré Vázquez como Presidente da República Oriental do Uruguai.
Agencia PARLASUL – ma – pb – as
