Os mandatários da Argentina, Brasil, Uruguai e Venezuela condenaram em forma enérgica o uso desproporcionado da força por parte do exército israelita na Faixa de Gaza, através de um Comunicado Especial na última reunião de Chefes e Chefas de Estado do MERCOSUL em Caracas.
Este documento foi elevado e aprovado na reunião privada que os presidentes mantiveram na Casa Amarela, sede da chancelaria venezuelana, e que reuniu as posturas de Maduro e dos mandatários Cristina Fernández de Kirchner, da Argentina; Dilma Rousseff, do Brasil; José Mujica, do Uruguai, e Evo Morales, da Bolívia, convidado especial da Cúpula. Apesar de que a maioria apoiou à Palestina, o Paraguai não assinou o documento.
O governante venezuelano, Nicolás Maduro, anfitrião da Cúpula, assinalou o “sentimento profundamente humano de solidariedade com o povo palestino de exigência do cessar fogo” e chamou a que “se retomem os caminhos das conversações para a paz e o respeito do direito do povo palestino a viver e a existir”.
Por sua vez, a presidenta Cristina Fernández de Kirchner afirmou que o bloco de países que integram o Mercado Comum do Sul já estava trabalhando em uma declaração para pedir “um cesse imediato ao fogo” no Meio Oriente já que “está em jogo a vida, não o patrimônio e os recursos”. “Reconhecer o direito a existir da Palestina” e “reconhecer o direito do Estado de Israel de viver em paz dentro de suas fronteiras”, reafirmou a primeira mandatária a respeito da situação no Meio Oriente.
Durante sua intervenção na cúpula, a presidenta brasileira, Dilma Rousseff, manifestou “a mais veemente condenação” ao uso desproporcionado da força por parte de Israel em Gaza, chamando a um alto ao fogo “imediato, abarcador e permanente entre as partes”.
Por sua parte, Khaled Nasser, filho do ex-presidente egípcio Gamal Abdel Nasser, enviou saudações ao povo palestino de Gaza, assediado por Israel há quase um mês. “Peço desde aqui, uma saudação a nossos irmãos da Palestina e desde esta plataforma condeno a agressão”, asseverou.
Através do mesmo texto instaram “a um imediato levantamento do bloqueio que afeta a população de Gaza, que permita o livre trânsito de pessoas, o ingresso de alimentos, medicamentos, e ajuda humanitária, tanto via terrestre como marítima”.
Os mandatários, indica o comunicado, expressaram “sua profunda preocupação pelo deterioro da situação humanitária resultante do conflito” e instaram a “respeitar estritamente o Direito Internacional, incluindo o Direito Internacional dos Direitos Humanos e o Direito Internacional Humanitário”.
E neste contexto, “manifestaram seu apoio à Resolução do Conselho dos Direitos Humanos sobre Garantia e Respeito do Direito Internacional no território palestino ocupado, aprovada no dia 23 de julho do presente ano”. Por sua vez, I
Ressaltaram a “importância e urgência da investigação de todas as violações do Direito Internacional Humanitário para estabelecer os fatos e circunstâncias das violações e dos crimes cometidos e identificar aos responsáveis”.
Finalmente, apoiaram os esforços de paz do Secretário Geral das Nações Unidas e da República Árabe do Egito.
Agência PARLASUL/ma-pb-as