O Parlamentar do MERCOSUL e ex-prefeito do fronteiriço Departamento de Rivera, Uruguai, expôs sua visão, na última Sessão Plenária do Parlamento do MERCOSUL, realizada no dia 7 de julho, sobre as dificuldades que ainda o MERCOSUL enfrenta no aspecto migratório.
“Temos um MERCOSUL no qual ainda há muito em que trabalhar, em um processo de integração que compartilhamos e no qual estamos filosoficamente de acordo, mas que devemos ser cientes de que falta muito ainda por ser feito”
O Parlamentar uruguaio reclamou ao MERCOSUL uma maior executividade a respeito dos temas do dia a dia, em especial nas zonas fronteiriças e o funcionamento de alguns de seus órgãos.
“Estamos imersos em um bloco que em definitiva muitas vezes olha para os lados nos problemas reais dos países membros e fundamentalmente dos problemas entre eles, eu devo confessar que me sinto bastante frustrado quando venho às reuniões do nosso PARLASUL, trabalhar, ir às comissões, votar declarações todas cheias de boas intenções ”
Criticou também a excessiva burocracia nas zonas fronteiriças, particularmente a respeito do trânsito de pessoas no MERCOSUL, que segundo Viera resulta em um “incômodo processo migratório”.
“Avançar em algumas coisas elementares como é o livre trânsito de pessoas, o fato de ter que fazer um trâmite ainda na fronteira terrestre, incômodo e nem sequer unificado. Tendo que fazer trâmites nos dois países ou esperar por longas demoras em pontes para completar esses trâmites, demonstra a falta de uma vontade política. Posso entender que existam dificuldades porque há interesses a respeito do trânsito de mercadorias, mas no que se refere ao livre trânsito de pessoas não consigo entender… fazer um trâmite muito chato e demorar na fronteira a estas alturas, depois de décadas de funcionamento do MERCOSUL não consigo entender. São as coisas que deveriam nos chamar à reflexão”, assegurou o Parlamentar.
Para Radio PARLASUR – Federico Ricagni
