Nos últimos dias 27 e 28 de maio se realizaram as primeiras reuniões preparatórias das oficinas para o Fortalecimento da Participação Social no MERCOSUL, no marco do plano de trabalho da Unidade de Apoio à Participação Social (UPS), em Montevidéu.
Esta oficina preparatória foi convocada pela UPS e a Missão Diplomática da Venezuela frente ao MERCOSUL e a ALADI, com o objetivo de de iniciar um processo de consultas aos diferentes movimentos e organizações sociais do bloco, a fim de construir as linhas programáticas da participação social do MERCOSUL, de forma participativa.
A Coordenadora, Mariana Vázquez, explicou que existem espaços de participação no MERCOSUL, embora se procure “ocupar esses espaços, tendendo pontes entre o Mercosul e os movimentos sociais da região, conseguiremos construir essa articulação e avançar, utilizando espaços que já existem, que não estão sendo utilizados e avançar em uma maior participação, em uma construção de confiança e em um diálogo das organizações sociais e movimentos com a própria estrutura do MERCOSUL”.
Por sua parte, Isabel Delgado, Embaixadora da Venezuela ante ALADI e MERCOSUL, manifestou que “a Venezuela têm o mandato de fortalecer a área social do MERCOSUL, trabalhando em função de trazer aos processos de integração uma maior quantidade de participação protagônica das organizações e dos povos, onde cada uma das pessoas que faz vida a nível regional, faça vida em uma sociedade com um conceito de pátria grande”.
O Presidente do Parlamento do Mercosul, Rubén Martínez Huelmo comentou sobre a contribuição do PARLASUL neste processo que “é fundamental porque o PARLASUL está pensado como uma construção de cidadania e uma construção política da mesma, a participação popular e os partidos políticos, se unem e ademais o Parlamento como entidade se presta para inúmeras atividades”.
O representante da Central de Trabalhadores da Argentina (CTA), Andrés Larisgoitia, expôs à audiência que depois de tantos anos na Argentina ainda não se vota aos Parlamentares do Parlamento do MERCOSUL e “isto demora a possibilidade de que a própria cidadania tome estas instâncias supranacionais como próprias, o outro grande ausente são os partidos políticos, estão ausentes do processo de integração, tomam o processo de integração como debate nacional, se eu me oponho ao governo, me oponho a algo que deveria ser política de Estado, e isto é um tema que o MERCOSUL deve tomar”.
Também participaram desta oficina diferentes representantes de movimentos sociais do bloco sul-americano; da Argentina participou, a instituição dependente da Secretaria Geral da Presidência da Nação Argentina “Casa Patria Grande Presidente Nestor C. Kirchner”, a Coordenadora de Centrais Sindicais do Cone Sul, a Central de Trabalhadores da Argentina (CTA), a Federação Universitária Argentina dos Estudantes, Frente de Secundários da Agrupação Hector J. Campora; da Bolívia, o Bloco Juvenil Anti-Imperialista; do Brasil participaram, a Coordenação do Programa de Política Externa, o Instituto de Desenvolvimento e Direitos Humanos, o Instituto LULA; do Paraguai, o Conselho de Organizações Sociais e Populares do Paraguai, a Federação de Escolas Agropecuárias e Centros de Capacitação Agrícola, Privada e Subvencionada do Paraguai; do Uruguai, a Mesa de Desenvolvimento Rural de Paysandú e a Corporação Urbana de Cooperativas; da Venezuela compareceram “Coletivos La Araña Feminista”,” La Tinta Violeta” e Telesur.
Através destes aportes se procurará fortalecer os espaços de diálogo em pós da profundização e consolidação de uma integração como instrumento para o desenvolvimento, a inclusão e a autonomia política da região sul-americana no cenário global, com a participação de organizações e movimentos sociais do MERCOSUL.
PARLASUL/ma-pb-as