Em diálogo com a Secretaría de Comunicação, o ministro de Educação e Cultura, Ricardo Ehrlich, manifestou que durante a reunião, realizada na sexta-feira dia 22 (de novembro) em Caracas, foi aprovada a criação da Universidade a Distancia do MERCOSUL —iniciativa proposta pelo Brasil e apoiada pelo resto dos países— a qual se implementará em forma gradual.
Esta instituição buscará gerar uma rede que atenda as necessidades de cada país em quanto à oferta de cursos multilíngues. Com o objetivo de desenvolver este projeto, o próximo ano se realizará no Brasil uma reunião técnica com expertos em educação a distancia.
“A primeira etapa consiste em definir um conjunto de cursos a distancia que possam ser reconhecidos pelas universidades dos sistemas terciários da região de forma de integrá-los eventualmente nos requerimentos de diferentes carreiras”, detalhou. Nesse sentido afirmou que “seria um sistema de educação a distancia que pode ter uma multiplicidade de componentes, desde a videoconferência até o aceso aos cursos e o seguimento de equipes docentes a distancia em forma personalizada”.
Combate ao analfabetismo e intercâmbio educativo
O titular do Ministério de Educação e Cultura (MEC – do Uruguai) informou que outro tema tratado foi o desenvolvimento de um programa de fortalecimento da alfabetização, devido a que ainda se registram cifras preocupantes nos relevamentos de educação realizados na maior parte dos países da região. “Uruguai está trabalhando fortemente especialmente no nível da população adulta, onde estamos posicionados com uma ordem de 1.6 % de analfabetismo”, remarcou. Neste sentido, destacou que a Venezuela apresentou uma proposta interessante com o objetivo de diminuir este problema.
Por outra parte, o Plano de Funcionamento do Sistema Integrado de Mobilidade do MERCOSUL se elevou ao Conselho do Mercado Comum para sua aprovação, já que permitiria gerar 4.000 intercâmbios entre estudantes, docentes e investigadores. “Nessa direção se avançou na constituição de um sistema de fundos de bolsas de estudo MERCOSUL que permita lhes dar a maior amplitude aos intercâmbios”, comentou o ministro Ehrlich.
“Os intercâmbios se enfatizam no marco do sistema de certificação de ensino superior na região, que foi outro tema que se trabalhou e vem muito bem. É um sistema onde o Uruguai participa ativamente, porque se apresentam voluntariamente instituições públicas ou privadas para certificar carreiras. Para o Uruguai tem um grande significado porque o sistema de certificação apoia o trabalho nacional de certificação e é a base para criar a agencia nacional de certificação da qualidade do ensino terciário em nosso país”.
Também indicou que se trabalhou no intercâmbio de jovens estudantes de formação básica em um programa denominado “Caminho do MERCOSUL”, no qual nosso país recebeu, em 2012, estudantes de toda a região. “Nós traçamos um itinerário para recorrer o país, o ano passado os estudantes fizeram o caminho do êxodo”.
Outros temas
Foi apresentado o primeiro número da revista Horizontes Latino-americanos, que repassa as mudanças estruturais das políticas educativas na região. Finalmente, se realizou um balance de mais de 40 atividades realizadas durante a atual presidência pro témpore. Os ministros expressaram sua satisfação pelos avanços que vem se registrando graças à colaboração e o intercâmbio em matéria educativa.
Desafios
”Os desafios na educação é um dos pontos centrais na agenda dos governos do MERCOSUL. O principal objetivo do Uruguai é melhorar o ensino médio. Mas em geral, os resultados do sistema educativo demonstram que nosso país está corretamente posicionado no continente e és reconhecido a nível latino-americano”, concluiu o ministro de Educação e Cultura, Ricardo Ehrlich.
O encontro incluiu a presença de representantes da Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai, Venezuela, Bolívia, Chile e Colômbia.
Fonte: www.presidencia.gub.uy
