Nesta ocasião, os Ministros Héctor Timerman, da Argentina, Antonio Patriota, do Brasil, José Lara Castro, do Paraguai e Nicolás Maduro, da Venezuela, foram recebidos por seu colega Luis Almagro quem exerce a Presidencia Pro témpore do bloco, na cidade de Montevidéu - Uruguai.
Já passado às 10h30 desta manhã, começou a atividade oficial. Junto ao Ministro das Relações Exteriores Luis Almagro participaram também do CMC pelo Uruguai, o Ministro Roberto Kreimerman, da Indústria, o Ministro do Trabalho Eduardo Brenta, o Ministro de Economia e Finanças Fernando Lorenzo, o Ministro do Desenvolvimento Social Daniel Olesker, e os embaixadores Álvaro Ons, Diretor de Integração e MERCOSUL e o Embaixador Gonzalo Rodriguez Gigena ante ALADI e MERCOSUL.
Também se fizeram presentes, o Alto Representante do MERCOSUL, Embaixador Samuel Pinheiro Guimarães e o Diretor da Secretaría do MERCOSUL, o Sr. Agustín Colombo Sierra.
Por parte do Parlamento do MERCOSUL participaram o Presidente Parlamentar Ignacio Mendoza, o Parlamentar Rubén Martínez Huelmo, Vice-Presidente do PARLASUL pelo Uruguai; e o Parlamentar Brasileiro José Stédile.
O Ministro Luis Almagro foi o primeiro em fazer uso da palavra, destacou os aportes do MERCOSUL na área industrial, já que considera que é a única opção para que o Uruguai agregue valor à sua produção. Recalcou a importância do desenvolvimento energético do bloco e assegurou que o Fundo para a Convergência Estrutural do MERCOSUL (FOCEM) tem sido “o melhor do MERCOSUL em 20 anos”. Na sua intervenção Almagro assegurou que durante a presidência Pro Témpore do Uruguai – que finaliza nesta Cúpula - desde o ponto de vista institucional, se procurou dar mais eficiência à estrutura institucional. Recordou que existem hoje em dia mais de 250 órgãos no MERCOSUL, que muitos deles tocam os mesmos temas e às vezes não estão coordenados entre si, afirmou Almagro.
O Chanceler argentino Héctor Timerman agradeceu a postura uruguaia a respeito de não permitir em seu porto os barcos com bandeira das Ilhas Malvinas e assinalou que é uma postura a imitar pelos demais integrantes do bloco regional.
Timerman fez votos pelo pronto ingresso da Venezuela ao MERCOSUL e destacou o interesse da República do Equador em começar seu processo de adesão.
O chanceler argentino destacou e anunciou seu apoio à proposta uruguaia para que Venezuela possa ingressar a ser membro pleno do MERCOSUL. Chamou à “unidade em zona para afrontar a crise internacional sem que ela represente um retrocesso social e econômico”.
Por sua parte o representante do Itamaraty, o Ministro Antonio Patriota destacou os avanços do bloco e recordou que é “um modelo vencedor, já que não só aumentou o PIB de seus membros senão que também aumentou o índice de desenvolvimento humano IDH”. Destacou o crescimento do comércio intrazona e também o crescimento do comércio extrabloco. Apoiou o pronto ingresso da Venezuela e se mostrou expectante para que em 2012 se obtenha o acordo MERCOSUL – União Europeia.
Por sua parte, o chanceler do Paraguai, Jorge Lara Castro destacou os esforços dos Estados Partes do MERCOSUL por superar e corrigir as assimetrias, mas recordou que ainda há muito por ser feito neste sentido.
O último em fazer uso da palavra foi o Chanceler da Venezuela, Nicolás Maduro, quem foi muito direto nas suas afirmações, ressaltando que “hoje somos MERCOSUL”.
Remarcou que a Venezuela participa em todos os grupos e comissões do bloco, que participa nas discussões com voz, mas ainda sem voto. Afirmou que “Venezuela se sente MERCOSUL” que desde 2005 se passou de um intercâmbio comercial com o bloco de 2 bilhões de dólares a 7 bilhões de dólares na atualidade”. Segundo Maduro “não há argumentos para se opor ao ingresso definitivo da Venezuela”, agradeceu ademais a proposta uruguaia para seu pronto ingresso como Estado Parte, ao mesmo tempo que disse “o MERCOSUL é o núcleo duro, cimento da integração sul-americana” .