Agência PARLASUL (29/11/2022). A Comissão de Cidadania e Direitos Humanos do Parlamento do MERCOSUL realizou nesta segunda-feira a “2ª Audiência Pública: A violência política como construção do senso comum. A questão de gênero”.
A Presidente da Comissão, Elena Corregido (Argentina), abriu o evento dando as boas-vindas e recordando Hebe de Bonafini, ativista argentina e co-fundadora da Associação Mães da Praça de Maio "que, como tantas mães, sofreu a mais horrível das violências políticas que pode ser exercida sobre uma pessoa que é o desaparecimento dos filhos”.
A primeira palestrante, Laura Zapata, PhD em Antropologia Social, destacou a violência contra os povos Mapuche "que ocorre desde 1879, quando o Estado argentino invadiu nossos territórios, assassinou nossos avós e os sobreviventes foram forçados a se mudar para as cidades, como chilenos ou argentinos pobres".
Em seguida, a pesquisadora de gênero e políticas públicas Carmen Beramendi referiu-se à incidência do terrorismo de Estado na vida das mulheres. Por sua vez, Betina Cuñado, advogada bioeticista, destacou o impacto da violência política no corpo de mulheres importantes que foram protagonistas do movimento feminista ao longo da história.
Da mesma forma, Lilian Soto, médica especialista em políticas públicas e gênero, concentrou sua apresentação na violência política de gênero na política do Paraguai, destacando a importância da ação do Estado para enfrentar esta situação.
Por sua vez, Alejandra Malen, jornalista do C5N 15.50, se posicionou em defesa dos direitos das pessoas trans. Assim como a graduada em Ciências Políticas e professora da Universidade de Buenos Aires, Diana Pogliaga, destacou a atuação dos novos direitos e a necessidade de aprofundar as práticas democráticas.
No encerramento da Audiência Pública, a Presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos do PARLASUL, Parlamentaria Elena Corregido, reforçou a importância do debate sobre Violência Política na região com enfoque de gênero e agradeceu aos palestrantes.