Agência PARLASUL (09/02/2022). Nesta sexta-feira (02), foi realizada a décima terceira Audiência Pública, organizada pela Subcomissão Verdade e Justiça sobre a Guerra da Tríplice Aliança, no âmbito da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos do Parlamento do MERCOSUL, com foco em "Eventuais crimes contra a humanidade e genocídio durante a Guerra da Tríplice Aliança”.
Esta jornada foi realizada na sala de sessões do Senado paraguaio, onde estiveram presentes o Parlamentar Ricardo Canese, Presidente da Subcomissão de Verdade e Justiça sobre a Guerra da Tríplice Aliança; bem como a Presidenta da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos, Elena Corregido, e o Parlamentar paraguaio Neri Olmedo.
O expositor, General Hugo Mendoza, falou sobre as razões pelas quais a guerra da Tríplice Aliança começou, afirmando que as principais foram “por questões de fronteira, mas há outras razões, uma é justamente o eurocentrismo; a Modernidade após a Revolução Francesa”. Também detalhou a incidência dos conflitos do Rio da Prata, "em primeiro lugar, Buenos Aires queria dominar os outros povos do Vice-Reino do Rio da Prata, e queria governar em nome de Fernando VII", por isso , Mendoza destaca "a bandeira que recolheu José Gervasio Artigas, que é o herói do Rio da Prata, que procurou unificar os povos do Rio da Prata".
Em seguida, prosseguiu o apresentador General Julio César Cardozo explicando que “meu objetivo pessoal é dar a conhecer a história do Paraguai e que possamos nos valorizar, porque aqueles paraguaios e paraguaias fizeram renascer, fizeram nascer as cinzas, este é o meu único objetivo”. O general Cardozo também destacou em sua apresentação o papel do soldado paraguaio durante a Guerra da Tríplice Aliança.
Finalmente, a juíza argentina Zunilda Niremperger, que por sua experiência como advogada em Direito Penal Internacional, citou como exemplo o massacre de Napalpí, Argentina, onde se tentou determinar o ato criminoso e as diferentes medidas de reparação. “Nossos países assumiram um compromisso em nível internacional (...) o direito à verdade, é um direito que permanece imutável, ao longo do tempo, portanto é imprescritível, o julgamento pela verdade é uma das formas legítimas de reconstruir a história do que foi deliberadamente silenciado e distorcido”, explicou a advogada Niremperger.
Finalmente, no encerramento da Audiência Pública, o Parlamentar Ricardo Canese informou que a Audiência continuará na próxima sexta-feira, 9 de setembro, no Senado do Paraguai em Assunção.
Transmissão ao vivo
A transmissão será simultânea nas redes sociais do Parlamento do MERCOSUL Facebook e Youtube do Parlamento do MERCOSUL.
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