Presidente do PARLASUL destaca as conquistas do processo de integração em reunião do Conselho do Mercado Comum

Agência PARLASUL (08/07/2021) Nesta quarta-feira (7), o Presidente do PARLASUL, Parlamentar Celso Russomanno, participou da LVIII Reunião do Conselho do Mercado Comum (CMC). No encontro com os Ministros das Relações Exteriores dos países do bloco, o Presidente Russomanno fez um balanço dos 30 anos do processo do MERCOSUL e destacou o papel do Parlamento do MERCOSUL na construção de uma integração regional com dinamismo econômico, comercial e social.

A LVIII Reunião do CMC teve início com a participação do Ministro das Relações Exteriores argentino, Felipe Solá, que destacou as conquistas do processo de integração regional. “Completamos 30 anos de MERCOSUL e conseguimos construir um amplo e profundo processo de integração na América Latina e no Caribe”, declarou Solá.

O Ministro argentino destacou o andamento das negociações externas do MERCOSUL e apresentou a posição de seu país segundo a qual “o MERCOSUL é a principal plataforma para a inserção comercial dos países da região”.

Sobre a proposta de revisão da tarifa externa comum, o chanceler Solá declarou que a “Presidência argentina trabalhou de forma propositiva e dialogada com os sócios para que essa ferramenta de fortalecimento das estruturas produtivas nacionais continue existindo. A nossa Presidência teve como objetivo encontrar o equilíbrio entre os parceiros sem quebrar a nossa unidade. A história sempre nos apresentará desafios, mas também nos proporcionará oportunidades, ” finalizou.

Em seguida,o Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Carlos França, apresentou as prioridades da Presidência Pro Tempore do bloco que seu país exercerá no segundo semestre. Segundo o Ministro brasileiro, “o Brasil é muito claro sobre o caminho a seguir sob sua Presidência. Buscaremos modernizar o MERCOSUL sob o signo da democracia e da liberdade. Continuaremos trabalhando pela revisão da tarifa externa comum e pela continuidade das nossas negociações externas ”, disse o brasileiro.

Sobre o mesmo assunto, o Chanceler do Uruguai, Francisco Bustillo, informou aos presentes que o Uruguai apresentou junto com o Brasil uma proposta de modernização do MERCOSUL. "Temos um processo de integração imperfeito que está longe dos seus objetivos originais", disse Bustillo.

Em seguida, Euclides Acevedo Candia, Ministro das Relações Exteriores do Paraguai, analisou a situação mundial e o papel do MERCOSUL neste cenário. “Estamos em um momento difícil e temos que assumir que não temos apenas a crise pandêmica. A crise será saudável se for assumida, administrada e servir como motivo para se chegar a um consenso. O Paraguai afirma que nossa força está no consenso e nossa energia está no bloco ”, disse Acevedo.

Por sua vez, o Vice-Ministro de Comércio Exterior e Integração da Bolívia, Benjamin Blanco, reconheceu o sucesso do processo de integração regional do MERCOSUL. Para o vice-ministro, “nosso povo busca a integração dos povos latino-americanos e vemos com entusiasmo o processo de adesão do Estado boliviano ao MERCOSUL”.

Por fim, o Presidente do PARLASUL, Parlamentar Celso Russomanno, fez sua intervenção observando que “o Parlamento do MERCOSUL ainda tem muito a contribuir para o desenvolvimento do bloco”.

Em seu relatório sobre as atividades desenvolvidas pela PARLASUL, o Presidente Russomanno informou que “durante o semestre, realizamos debates e aprovamos recomendações e declarações sobre temas como a Pandemia Covid-19 e a Integração da infraestrutura física de nossos países. Realizamos seminários sobre a situação sanitária regional, acesso e distribuição de vacinas, turismo seguro em épocas de pandemia e transporte hidroviário, temas sobre os quais trabalhamos em estreita colaboração com as autoridades governamentais ”.

Na parte final de seu discurso, o Parlamentar brasileiro destacou que “desde o PARLASUL, há consenso de que a alternativa mais poderosa para o desenvolvimento do MERCOSUL é a saída para o Oceano Pacífico. Essa possibilidade nos permitiria explorar um MERCOSUL ampliado que possibilitasse uma condição bioceânica para todos os países sul-americanos. Não somos apenas um bloco comercial, mas também um grupo voltado para o desenvolvimento econômico de nossos países, respeitando a soberania de cada nação ”, finalizou.