Agência PARLASUL (01/06/2021). A Missão do Observatório da Democracia do Parlamento do MERCOSUL (ODPM) participará do segundo turno das eleições peruanas, no próximo domingo, 6 de junho de 2021, após ter participado das eleições gerais de 11 de abril, onde 130 congressistas e 5 parlamentares andinos foram eleitos para o período governamental 2021-2026. Entretanto, agora no segundo turno, serão eleitos o Presidente da República e dois Vice-presidentes.
Após as eleições gerais, com a disputa de 18 candidatos à presidência da República, os candidatos Pedro Castillo do Partido Peru Livre e Keiko Fujimori da Força Perú, passaram ao segundo turno, com 18,92% e 13,40%, respectivamente.
O segundo turno foi estabelecido no país pela reforma constitucional de 1979, mas entrou em vigor em 1985. Ou seja, o segundo turno é o exemplo pelo qual praticamente todos os presidentes foram eleitos.
Pedro Castillo, 51 anos, é professor de escola rural, sindicalista e está concorrendo à presidência pela primeira vez. Keiko Fujimori, filha do ex-presidente Alberto Fujimori, é uma política conhecida em todo o Peru por ser a primeira dama do governo de seu pai, congressista e duas vezes candidata à presidência.
Segundo turno
De acordo com o Escritório de Processos Eleitorais (ONPE), para o segundo turno de votação serão utilizados os mesmos locais de votação que nas eleições de 11 de abril.
Além disso, a ONPE lembrou que para a votação no próximo domingo, 6 de junho, as seções eleitorais estarão abertas das 07:00 às 19:00 horas e é recomendável comparecer de acordo com a estratégia de "votação escalonada". Das 7:00 às 19:00, a votação será de acordo com o último dígito do Documento Nacional de Identificação (DNI) do eleitor/a. Das 14:00 às 16:00, idosos, mulheres grávidas, pessoas com deficiência e pessoas em risco, devem ir votar, a fim de evitar multidões.
O ONPE também exortou os cidadãos selecionados como membros da mesa a cumprirem seu trabalho, e observou que deveriam estar em seus postos de votação às 06:30 horas.
Em 11 de abril, o dia eleitoral registrou importantes atrasos devido à ausência de autoridades eleitorais na constituição das mesas de votação em diferentes cidades do país. Este ponto foi observado pela Missão de Observação Eleitoral do PARLASUL e apresentado em seu relatório preliminar de 19 de abril de 2021.
6 de junho
Mais de 25 milhões de peruanos são chamados a votar, um total de 86.488 mesas de votação estão programadas em todo o país para receber os eleitores até as 19 horas deste dia, um horário prolongado em comparação com o habitual nas eleições peruanas devido à pandemia da COVID-19.
Os cidadãos entre 18 e 70 anos de idade são obrigados a votar neste dia, caso contrário devem pagar uma multa que varia de 22 a 88 soles (6 a 24 dólares), dependendo do local de residência.
Os peruanos residentes no exterior também terão o direito de votar no meio da pandemia da COVID-19. A chancelaria informa que para este segundo turno 997.033 peruanos fora do território nacional estão autorizados a votar.
Os materiais, tais como registros de votação, cédulas, urnas, cabinas e outros, já foram enviados aos 114 escritórios consulares responsáveis pela organização em 208 cidades do mundo em 79 países. Além disso, espera-se que 3.440 postos de votação sejam instalados em 224 locais.
Entre os países com o maior número de peruanos elegíveis para votar estão os Estados Unidos (309.602 eleitores), Espanha (152.212 eleitores), Argentina (143.189 eleitores), Chile (117.140 eleitores) e Itália (94.590). Enquanto isso, os países com menos eleitores autorizados são Tailândia, Marrocos e Argélia.
Missão de Observação Eleitoral
A Missão do PARLASUL nas eleições peruanas será integrada pelos Parlamentares Oscar Laborde e Herman Olivero (Argentina), José Manuel Torres (Paraguai), Nicolas Viera (Uruguai) e o Diretor Administrativo, Guilherme Rossi (Brasil).
Da cidade de Lima, os observadores terão uma série de reuniões com órgãos eleitorais, como a ONPE e o Júri Nacional de Eleições (JNE). Eles se reunirão com os representantes dos partidos em disputa, assim como seus candidatos aos cargos de Presidente e Vice-Presidentes. Eles realizarão reuniões com organizações internacionais no país, como o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), que coopera com a ONPE em assuntos eleitorais. Eles também se reunirão com seus pares eleitos em 11 de abril para o Parlamento Andino. Além dessas reuniões, os observadores também planejam reunir-se com organizações da sociedade civil.
Após domingo, 6 de junho, dia das eleições, o ODPM apresentará seu relatório preliminar com considerações sobre o processo eleitoral.
