Oscar Laborde defendeu que sua gestão apostará na defesa da democracia

Agência PARLASUL (29/01/2020). O Parlamentar argentino Oscar Laborde, atual Presidente do Parlamento do MERCOSUL, conversou sobre diversos temas com o meio de comunicação argentino Tiempo, incluindo a situação atual na região e as negociações MERCOSUL-UE.

Cabe destacar que o Parlamentar Laborde, que também atuou como Prefeito de Avellaneda (1999-2003) e Embaixador do Conselho Consultivo da Sociedade Civil no Ministério das Relações Exteriores da Argentina, disse que em sua gestão apostará “fortemente na defesa da democracia, uma vez que a região foi assolada por encolhimentos e violações” da mesma.

Com relação à orientação dos trabalhos do PARLASUL durante esse período, indicou que seria realizado com atenção aos acordos políticos e comerciais, “que tenha sido decidido que a Argentina presida o PARLASUL e que tenha escolhido a mim, um político, tem que ver com a compreensão do momento em que se vive”.

Laborde também assinalou que a primeira grande tarefa do PARLASUL é colaborar e garantir uma eleição na Bolívia. “O Parlamento tem um Observatório da Democracia de muito prestígio que deve atuar na Bolívia nas eleições”, afirmou. O papel do Observatório consiste em acompanhar os processos eleitorais nos Estados Partes.

Em segundo lugar enfatizou que o diálogo deve ser promovido na Venezuela, uma vez que estam as duas forças políticas no PARLASUL, “o chavismo e o anti-chavismo (...) devemos reconhecer que na Venezuela existe um problema, que os venezuelanos precisam resolver com o diálogo e sem interferência externa”.

Acordo MERCOSUL-União Europeia

Por outro lado, se manifestou sobre as negociações da União Europeia e do MERCOSUL, às quais afirmou que “devemos colaborar tecnicamente para ser mais um tratado de cooperação do que um livre comércio”. Da mesma forma, acrescentou que é prioritário revisá-lo “porque existe sigilo, porque não é conhecido”.

Finalmente, comentou que o PARLASUL pode fornecer ensaios sobre como seria um acordo melhor: “não o de livre comércio, mas sobre cooperação (...) o livre comércio é comprar e vender o que você quiser. Em cooperação, avaliamos quais rubros são bons para comprar e vender, por conveniência mútua”, apontou o Presidente Laborde.