Agência PARLASUL (07/09/2018). Na última Sessão Plenária, realizada em 20 de agosto, entre os atos aprovados pelo Parlamento do MERCOSUL, se encontra a Declaração de interesse Regional do Gasoduto do Nordeste Argentino (GNEA), e a Recomendação para que o Conselho do Mercado Comum solicite ao Estado Argentino a finalização das referidas obras de infraestrutura.
O PARLASUL aprovou esta Recomendação entendendo que estas obras gerariam as condições necessárias para a provisão e distribuição do gás natural à rede domiciliaria, industrial e comercial na Região do Nordeste Argentino (NEA), com a finalidade de gerar inclusão social e competitividade econômica na Região.
Cabe assinalar que o enorme fluxo de gás natural abaratará os custos energéticos e facilitará o desenvolvimento das economias regionais, com a eventual instalação de novas indústrias. Sendo este um passo fundamental para superar as desigualdades que afetam nesta área às províncias da região Norte, já que existem áreas com demanda insatisfeita e outras que não contam com o serviço de gás natural.
Desta forma, o ducto proverá fluido que a Argentina lhe comprará à Bolívia, através do gasoduto Juana Azurduy, que une a localidade boliviana de Yacuiba com a planta compressora em Campo Duran em Salta, Argentina.
O Gasoduto em construção, que parte desde a Bolívia e percorre as Províncias de Salta, Formosa, Chaco, Corrientes, Misiones e Santa Fe, geraria um importante valor agregado para a incorporação de indústrias e o crescimento comercial em todo o norte argentino. Embora isto requer a instalação de redes domiciliarias que permitam gerar menores custos à cadeia de produção dos referidos empreendimentos.
Dados e cifras
O Gasoduto do Nordeste Argentino (GNEA) contemplou originalmente um investimento de 2,375 bilhões de dólares para construir 4.144 quilômetros de gasoduto (um ramal de 1.468 quilômetros, e o resto para conectar 168 localidades). Ao finalizar, este gigantesco sistema de transporte poderá subministrar um caudal de 11,2 milhões de metros cúbicos de gás ao dia, beneficiando diretamente a 3,5 milhões de pessoas em Formosa, Chaco, Santa Fe, Corrientes e Misiones.
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