Agência PARLASUL (30/08/2018). O Parlamento do MERCOSUL declarou de interesse cultural as obras do escritor paraguaio Augusto Roa Bastos, por seu perene aporte literário à cultura latino-americana, em especial do MERCOSUL, no marco do centenário de seu natalício.
Augusto Roa Bastos tem sido o máximo exponente da literatura paraguaia, e um dos referentes mais reconhecidos nas letras em América Latina, resultando ser vencedor do prêmio Miguel de Cervantes (1989) e da Ordem Nacional do Mérito do Paraguai (1990).
Para a Parlamentar paraguaia María Eugenia Crichigno, “este grande escritor não é somente um orgulho para o Paraguai, senão que para toda a América Latina e Europa”. Cabe destacar que Roa Bastos retratou com excelência a dor paraguaia e latino-americana, já que foi exiliado durante 42 anos (desde 1947 a 1989), tempo no qual realizou sua obra em vários países da América Latina.
Na última Sessão Plenária, foi aprovada que esta Declaração seja remetida a todos os Ministérios de Educação, Cultura e Culto, ou seus equivalentes, nos Estados Partes do MERCOSUL, para render homenagem à de vida de Roa Bastos, quem é um exemplo para toda a região e para as gerações presentes e futuras.
Dados importantes da sua vida
Augusto José Antonio Roa Bastos nasce em Assunção, Paraguai, em 13 de junho de 1917, e morre no dia 26 de abril de 2005.
Escritor, jornalista e roteirista paraguaio.
Suas obras têm sido traduzidas a, pelo menos, vinte-cinco idiomas.
A obra de Roa Bastos se caracteriza pelo retrato que faz da crua realidade do povo paraguaio.
Entre seus livros figuram várias coleções de contos: El trueno entre las hojas (1953), El baldío (1966), Madera quemada (1967), Los pies sobre el agua (1967), Moriencia (1969) y Cuerpo presente (1971). Sua obra mais relevante é a novela Yo, el supremo (1974), inspirada na vida de quem foi ditador do Paraguai entre 1814 e 1840. Ademais, escreveu vários roteiros cinematográficos.
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