Agência PARLASUL (02/08/2018). O Presidente da Comissão de Assuntos Internacionais, Interregionais e Planejamento Estratégico do Parlamento do MERCOSUL, Parlamentar Williams Dávila (Venezuela), rejeitou as recentes declarações do primeiro-ministro de Trinidad de e Tobago, Keith Rowley, sobre a comunidade venezuelana em seu país.
Nessa declaração, o primeiro-ministro de Trinidad e Tobago, disse que não está disposto a aceitar os venezuelanos em seu país, mesmo com uma ordem das Nações Unidas que o obriga a dar asilo político, porque "somos uma pequena ilha com espaço limitado, com 1,3 milhão de habitantes, portanto não podemos e não permitiremos que as Nações Unidas nos tornem um campo de refugiados", disse Rowley.
O Parlamentar Dávila, através de sua conta oficial no Twitter, enfatizou que a xenofobia é uma grave violação dos Direitos Humanos. “Cómo Presidente de [la Comisión de] Asuntos Internacionales del PARLASUR rechazo [la] declaración [del] Primer Ministro Trinidad y Tobago contra venezolanos desplazados en su país por culpa de la catástrofe económica, política y social de Venezuela. Esa xenofobia es [una] grave violación de DD.HH. y fascista”, escreveu Dávila.
Segundo Agência EFE, um dos principais destinos dos cidadãos que deixam a Venezuela é o Brasil. Assim indicou Isabel Márquez, representante da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) no país, quem disse que "nos últimos dois anos, mais de 111.000 pessoas (...) entraram em Roraima, um estado no norte do Brasil."
ACNUR informou que o número de venezuelanos que buscam asilo em todo o mundo aumentou em 2.000% desde 2014, sendo a América é o principal destino. A Agência continua trabalhando com os governos para garantir a proteção e as necessidades básicas e desenvolveu um plano de resposta regional que abrange oito países e a sub-região do Caribe. Segundo as primeiras estimativas, o plano precisa de cerca de quarenta e seis milhões de dólares. Ademais a ACNUR pediu aos governos que adotem respostas pragmáticas de proteção para os venezuelanos.
Com informações da EFE e das Nações Unidas