Agência PARLASUL (09/05/2018). A Parlamentar argentina Cecília Britto, Presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos do PARLASUL, falou sobre o veto da justiça brasileira à visita ao Ex-presidente Lula da Silva nesta semana em Curitiba. A visita está enquadrada na Audiência Pública de Direitos Humanos que será realizada para a elaboração do Relatório correspondente ao Brasil.
A juíza Carolina Lebbos, responsável pela execução penal do Ex-presidente Lula, publicou um despacho em que indefere um pedido da comissão de Direitos Humanos do Parlamento do MERCOSUL de visitar ao Ex-presidente na superintendência da Polícia Federal em Curitiba.
No pedido, deputados da Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela solicitaram a visita usando como base prerrogativas de tratados internacionais que os dão o direito de fiscalizar a situação dos Direitos Humanos dos Estados que compõe o bloco do MERCOSUL. A magistrada, assim como fez com um prêmio Nobel da Paz, Adolfo Perez Esquivel, e inúmeras outras personalidades e deputados, vetou a visita, alegando que não se observa na prisão qualquer tipo de violação.
A Parlamentar Britto, afirmou que a visita “era não somente necessária, mas uma obrigação moral e política” para que o Ex-presidente “tenha assegurado os direitos que lhe corresponde enquanto está no cárcere”.
“Alguns membros da Comissão, em particular eu, sentimos grande pesar por não poder cumprir com essa obrigação de visitá-lo. Lula não é somente um preso no Brasil, como muitos querem ver. Lula é um Ex-presidente líder da região, líder mundial conhecido por sua trajetória política e pelo que fez na presidência. Por isso, Lula não é qualquer pessoa. É preciso que todos os organismos internacionais tenham preocupação com as garantias de sua integridade psicológica, física e emocional nessa situação”, afirmou Britto.
Mesmo com a proibição, a Parlamentar argentina garantiu que a Comissão de Direitos Humanos do PARLASUL continuará tentando assegurar seu direito de visitar Lula em Curitiba. “Levanto a bandeira de Lula livre, mas também me parece que os organismos ligados aos Direitos Humanos precisam estar muito preocupados, muito atentos. Nós seguiremos insistindo para podermos vê-lo e conversar com Lula pessoalmente. Vamos perguntar se ele sente que estão respeitando seus Direitos Humanos na prisão. Vamos insistir em vê-lo, apesar de a Justiça não deixar”, pontuou.
Com informações de Revista Forum