Agência PARLASUL (06/04/2018). Durante a manhã da quinta-feira 5 de abril se reuniu a Comissão Permanente de Assuntos Políticos, Seguridade e Direitos Humanos da EuroLat em Panamá, onde foram debatidos e aprovados distintos temas, entre eles se discutiu um Projeto de relatório sobre justiça e luta contra a impunidade.
A respeito desse projeto, Parlamentar Centro-Americano Haroldo Rojas (Guatemala), Co-Presidente da Comissão de Assuntos Políticos se manifestou explicando que “é muito importante para o desenvolvimento, não deve de se ver em forma isolada, senão estrutural porque tudo isto contribui ao desenvolvimento dos países”. Da mesma forma o Co-Presidente pelo componente latino-americano, advertiu sobre a regulação das atividades dos grupos de pressão na UE e na ALC, “o que se propõe é discutir para regularizá-lo na América Latina e torna-lo conhecido através de um relatório para se poder discutir e chegar a um acordo”.
Os Parlamentares Euro-latino-americanos também debateram sobre a Cooperação UE-ALC no âmbito da aviação e da segurança aérea e sobre as relações entre a União Europeia e Centro America e o diálogo político. Os temas referentes à situação migratória da Venezuela e à situação e à situação política do Brasil, se decidiu que fossem incluídos na próxima reunião da EuroLat, em Viena em setembro deste ano.
Durante a discussão sobre a “situação do êxodo venezuelano e sua incidência no resto da América Latina”, o Parlamentar do MERCOSUL, Oscar Ronderos (Venezuela), expôs que “quando se trata de mais de quatro milhões de venezuelanos que fogem da fome e da miséria que tem colapsado as cidades da fronteira, e não têm como aceder aos medicamentos para doenças crônicas, é importante que a Assembleia se pronuncie sobre isto”.
Por sua parte, o Euro-Deputado Javier Couso Permuy (Espanha), se posicionou sobre a apresentação do tema migratório da Venezuela definindo o mesmo como um “debate com trapaças”, já que hoje em dia existem várias crises migratórias que sofrem distintos países latino-americanos e europeus, não só no mencionado país e “tenta se utilizar esta situação para focalizar na Venezuela, mas não para solucioná-la (…), sobretudo a utilização da desculpa humanitária, criar um caso humanitário para intervir militarmente” advertiu Couso Permuy sobre esta situação, à qual ele se referiu como complicada.
Por outra parte, a Parlamentar Centro-Americana Gloria Oquelí (Honduras) opinou sobre a justiça brasileira no caso Lula da Silva "eu acredito que o mundo inteiro não deve deixar de olhar o que está acontecendo no Brasil, se bem é certo que há uma autodeterminação dos povos, também é certo que o que hoje passa ao Brasil, amanhã passa em outro país, e depois de amanhã pode acontecer na Europa, e como há uma relação entre a América Latina e a Europa (…) acreditamos que a justiça deve ser imparcial, se basear em fatos, ali tem algo que não está muito claro”.
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