Agência PARLASUL (22/02/2018). O Parlamentar argentino Alberto Asseff falou sobre a intenção do Ministério das Relações Exteriores argentino de estabelecer voos para Malvinas do Brasil, Chile, Uruguai e Paraguai. "Não é real que os islenhos mudem seu anti-argentinismo porque recebem mais quatro aviões por mês, mas sim, reforçarão a usurpação colonial quase bicentenária", afirmou o Parlamentar.
"Conectar mais as ilhas com a Argentina continental é um bom objetivo, mas se essa ligação for terceirizada para países vizinhos e os voos futuros fizerem apenas escalas esporádicas e espaçadas nas cidades argentinas, a própria ideia de relações mais próximas entre os argentinos do continente e os habitantes das Malvinas se torna corrompida. A maior relação se converte em uma ficção e, de fato, os únicos beneficiários serão os islenhos que reverterão seu isolamento atual da América do Sul. Precisamente, a estratégia da ilha - com o apoio de sua metrópole - é aumentar as relações com o Brasil, Chile e Uruguai. O Ministério das Relações Exteriores acrescenta um convidado a mais, o Paraguai", complementou Assef.
Finalmente, o Parlamentar protestou que "não se entende o que o Ministério das Relações Exteriores pensa. No mínimo, deve nos explicar com credibilidade qual é o benefício que prevê para nossa reivindicação irrevogável de soberania".
Voos para as Malvinas
De acordo a declaração do Ministério das Relações Exteriores da Argentina, publicada em 16 de fevereiro de 2018, a Argentina e o Reino Unido estão fazendo esforços conjuntos com os governos do Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai para convidar companhias aéreas desses países para operar um voo semanal às Ilhas Malvinas.
A intenção é criar um voo semanal de um dos países acima mencionados que, duas vezes por mês, deve fazer uma parada no continente argentino.
Eles também destacaram que desde o ano de 1999, a companhia aérea LATAM faz um voo regular semanal entre Punta Arenas e as Ilhas Malvinas, com duas escalas mensais em Río Gallegos.
Finalmente, a declaração conclui que "a possível nova conexão aérea permitirá um contato mais fluido com as ilhas, contribuindo para gerar um clima de confiança e proximidade com seus habitantes, sendo esta uma das maneiras que nos permitem alcançar um maior diálogo e compreensão entre o continente e o seu território das Ilhas Malvinas".
Com informações da página web do Ministério de Relações Exteriores e Culto da Argentina.