Membros da Comissão de Direitos Humanos do PARLASUL denunciam a grave situação do Deputado Gilber Caro

Agencia PARLASUL (20/10/2017) - Os membros da Comissão de Direitos Humanos do Parlamento do MERCOSUL emitiram um comunicado na sua última reunião, em 9 de outubro, denunciando a grave situação que enfrenta o Deputado venezuelano Gilber Caro.

Segundo a imprensa venezuelana, o Deputado Caro foi preso em 11 de janeiro de 2017 por funcionários designados ao Serviço Nacional de Inteligência Bolivariana (SEBIN), no chamado "Comando Nacional Anti-golpe". O Deputado Caro foi detido junto a sua namorada em uma estrada do centro do país e as autoridades informaram que levavam armas, dinheiro e explosivos, os quais supostamente seriam usados em um atentado contra o Governo de Nicolás Maduro.

Para os Parlamentares da oposição venezuelana, o governo violou sua imunidade parlamentar e, até a data de hoje, se encontra ilegitimamente privado de liberdade.
De acordo com o comunicado, esta situação foi relatada à Comissão de Cidadania e Direitos Humanos do Parlamento do MERCOSUL, que rejeita categoricamente a situação de isolamento, tortura e maus tratos, dos quais o Deputado Gilber Caro é uma vítima e que coloca em risco sua vida.

A Parlamentar argentina Cecilia Britto, Presidente da Comissão, explicou que optou em emitir um comunicado já que "a verdade é que estamos preocupados com os tempos e os procedimentos, não podemos estar dois ou três meses para poder aprovar uma questão tão importante como o desaparecimento forçado de um cidadão ou problemas de violência como a do Parlamentar Gilber Caro", disse Britto.
A Parlamentar também manifestou que o ânimo da Comissão não é apenas para repudiar a situação, mas para invocar os países do MERCOSUL a associar-se com firmeza para estar contra esses fatos "especialmente em situações que acreditamos colocarem, de alguma maneira, em crise os pilares fundamentais de qualquer estado de direito".

O texto do comunicado também destaca que, devido aos constantes atrasos processuais e à falta de resposta dos órgãos administrativos e judiciais, em 11 de setembro, o Deputado iniciou uma greve de fome, a qual teve cancelar às 72 horas devido à sua delicada situação de saúde.

Com informações de agências e Sputiknews.

Foto: Crédito Globovisión

Comunicado Comissão de Direitos Humanos