Eurolat encerra seus trabalhos com recomendação de salvaguarda aos Direitos Humanos

Agência PARLASUL (22/09/2017). A X Sessão Ordinária da Assembleia Parlamentar Euro-Latinoamericana (EuroLat) terminou ontem (21/09/2017) em El Salvador com a recomendação aos governos da Europa e América Latina, de salvaguardar “sem exceção” os Direitos Humanos da população mundial.

Projetos referentes ao futuro do sistema multilateral de gestão do comércio e a cooperação entre a União Europeia e Latino América na luta contra o crime organizado e o terrorismo, Direitos Humanos, meio ambiente, desenvolvimento sustentável, Direitos das mulheres, entre outros, foram os pontos centrais da décima Sessão Plenária da Assembleia Euro-Latinoamericana (EuroLat) e suas Comissões de trabalho permanentes que se reuniram nas sedes da Assembleia Legislativa de El Salvador, antes do conclave que concluiu neste dia.

Os Parlamentares da América Latina e Europa também concordaram que a corrupção é um problema que afeta todos os países do mundo e, portanto, deve ser erradicado pelo bem-estar das pessoas mais necessitadas, que há anos são as mais afetadas.

Com um apelo ao diálogo, a crise na Venezuela ocupou um espaço importante entre os debates. A Declaração de San Salvador, emitida pelos co-presidentes do organismo, Roberto Requião (Brasil) e Ramón Jáuregui (Espanha) recomendou que "apenas uma Venezuela unida e democrática poderá enfrentar o futuro".

Durante a Sessão de encerramento da X Sessão Plenária Ordinária da EuroLat, o Parlamentar do MERCOSUL Diego Mansilla (Argentina), pediu que um parágrafo seja incluído na Declaração dos co-presidentes solicitando a renovação do diálogo para a disputa e soberania das Ilhas Malvinas de acordo com a Resolução n° 2.035 das Nações Unidas. "Não é apenas uma questão da nação argentina, mas é uma causa Latino-americana", disse Mansilla.

A Secretaria Geral Ibero-Americana (SEGIB), Rebeca Grynspan (Costa Rica), manifestou que, no decorrer de uma década, a EuroLat se consolidou como um espaço excepcional para a aproximação entre a Europa e a América Latina: "Sem dúvida, sua trajetória constitui uma demonstração concreta de que a partir dos parlamentos se constrói a comunidade e se avança no diálogo político e internacional. É assim porque os valores que nos unem permeiam todas as esferas da vida na sociedade, desde a política e a legislação, até o comércio e à cultura" indicou Grynspan.

O Deputado europeu Ramón Jáuregui Atondo (Espanha), co-presidente da EuroLat, concluiu a X Sessão Plenária agradecendo a El Salvador pela hospitalidade, simpatia, disposição e logística proporcionados por este país na realização dos trabalhos durante os quatro dias da EuroLat. "El Salvador tem sido extraordinário, nenhum país ofereceu tanta ajuda, disponibilidade, serviços de segurança, de transporte e convites. Permitam-me expressar a El Salvador e a todas as suas autoridades minha gratidão", expressou Jáuregui.

O Parlamentar do MERCOSUL Roberto Requião (Brasil), o qual havia dito que "os parlamentos representam o povo e nós - EuroLat - não vamos parar de lutar pelas pessoas e pela democracia", finalizou suas funções de co-presidente da EuroLat. A nova co-presidência, pelo componente Latino-americano, será ostentada pelo deputado panamenho Elías Castillo, atual presidente do Parlamento Latino-Americano.

Por sua vez, o Parlamentar do MERCOSUL Daniel Caggiani (Uruguai) foi eleito co-vice-presidente da EuroLat pelo componente Latino-americano em representação do PARLASUR.

A EuroLat é a instituição parlamentar da Associação Estratégica Birregional e conta com 150 membros, 75 do Parlamento Europeu e 75 do componente Latino-americano, incluindo órgãos regionais como o Parlamento Latino-Americano (PARLATINO), o Parlamento Andino (PARLANDINO), o Parlamento Centro-Americano ( PARLACEN) e o Parlamento do MERCOSUL (PARLASUL).

A EuroLat anunciou que a próxima Sessão Plenária será realizada no próximo ano no Panamá.

Com informações EFE / Assembleia Nacional El Salvador