Agência PARLASUL (05/09/2017). Na XLIX Sessão Ordinária do Parlamento do MERCOSUL, realizada no último dia 21 agosto, Parlamentares rejeitaram as ameaças do Presidente dos Estados Unidos da Norte América, Donald Trump, quem declarou a princípios daquele mês que seu país tem “muitas opções para Venezuela, incluída a militar se fosse necessário”.
O Plenário votou uma Declaração de apoio à Venezuela, de repudio a qualquer opção que infrinja a autodeterminação e soberania do povo deste país. Diferentes Parlamentares, de distintos países e correntes políticas condenaram as declarações do Presidente norte-americano.
Arlindo Chinaglia, Presidente do PARLASUL, se referiu ao tema "como uma defesa de princípios e valores, a autodeterminação dos povos, e por tanto, o povo venezuelano é quem tem que definir o destino de seu País”.
A Parlamentar argentina Lilia Puig qualificou como "o pior do governo norte-americano, são as declarações do Presidente Trump, pensar sequer em uma intervenção militar, isso é absolutamente inaceitável para os povos latino-americanos".
Para o Parlamentar venezuelano William José Pérez, as palavras de Donald Trump não o surpreendem. "Sempre temos estado baixo assédio que se conduz desde o norte, desde o governo imperialista dos EUA", disse.
Pérez também considerou importante que “todos os países da nossa região tem rejeitado estas declarações. Não permitiremos este tipo de ações militares na Venezuela e em nenhuma parte da nossa região”.
Yul Jabour, também Parlamentar venezuelano, qualificou a ameaça do Presidente norte-americano de "guerrerista, esse caráter intervencionista inaceitável, inadmissível, falto de respeito, que viola de tudo o que é a normativa do direito internacional".
Mais discussão
Segundo Pablo Iturralde, Parlamentar do Uruguai, o PARLASUL “não atuou na forma devida” a respeito do tema Venezuela. “Ademais da invasão por parte de um exército estrangeiro, como o cubano, se ameaça com a invasão dos Estados Unidos e são questões que não podemos permitir. Reclamamos que se respeite a democracia do povo venezuelano”, destacou Iturralde, que quer um debate mais profundo no Parlamento do MERCOSUL sobre a situação do país caribenho.
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