Agência PARLASUL (09/06/2017). No dia 8 de junho, a Comissão de Cidadania e Direitos Humanos realizou a primeira Audiência Pública do período de 2017 na Assembleia Nacional em Caracas, onde ouviram os depoimentos dos Representantes de diversas ONG's a respeito de Direitos Humanos, assim como o Informe do Ministério de Relaciones Exteriores e da Defensoria Pública.
A atividade foi iniciada com o Presidente da Assembleia Nacional de Venezuela, Julio Borges, e o Presidente da Delegação venezuelana, o Parlamentar Luis Emilio Rondón. A Parlamentar argentina Cecilia Britto, Presidente da Comissão de Direitos Humanos apontou que a Comissão elaborará um informe que será elevado ao Plenário do PARLASUR para que este emita suas recomendações.
A Parlamentar venezuelana Dennis Fernández, Vice-presidenta da Comissão de Diretos Humanos, informou que “os Diretos Humanos não devem ter posicionamento político”. A Parlamentar destacou a presença de Parlamentares do governo venezuelano.
O Parlamentar Álvaro Dastugue (Uruguai), manifestou aos meios locais que como membro do Parlamento deu assistência para ajudar, “nosso desejo é ser uma ferramenta para ajudar a que exista uma saída”. Da mesma forma, expressou que deve haver uma negociação entre o governo e a oposição já que “os que sofrem são os cidadãos”. Por sua parte, Saúl Ortega sinalizou que em esta audiência se garantiu o equilíbrio na participação dos diferentes setores em matéria de Direitos Humanos, destacando o encontro com a Ministra de Relações Exteriores venezuelana e o Defensor Público.
Cabe sinalizar que ao terminar a audiência pública, Ministra de Relações Exteriores venezuelana, Delcy Rodríguez, entregou à Comissão do Parlamento do MERCOSUL um informe detalhado das vítimas da violência nos protestos, em que expôs “a ação irresponsável dos dirigentes da oposição venezuelana”.
Participaram cidadãos e representantes de diversas organizações venezuelanas, os quais expuseram o contexto atual da Venezuela a respeito dos Direitos Humanos, como: Transparencia Venezuela, Justicia y Proceso, Foro Penal Venezolano, FUNDECI, Nunciatura Apostólica, PROVEA, Una Ventana a la Libertad, Justicia Venezolana e o Ministerio Público.
Entre alguns dos depoimentos, se apresentou o representante de PROVEA quem deu um balance sobre o índice de pobreza e seu crescimento na Venezuela; Lilia Camejo, Diretora Executiva de “Justicia Venezolana” denunciou que o governo venezuelano usa a jurisdição militar para julgar civis; o representante de Fundalatin expressou que, "as vítimas da repressão e protestos não podem sofrer discriminação devido a opção política"; por sua parte, a Diretora da ONG Justiça e Processo, Theresly Malave, denunciou ante audiência os tratos cruéis e desumanos ao Deputado Gilber Caro.
O Parlamentar Williamns Davila, Parlamentar do MERCOSUL denunciou a violação dos Direitos Humanos e da imunidade parlamentar; por outro lado, o Parlamentar Yul Jabour, afirmou que a visita da Comissão “forma parte de uma rotação periódica do organismo e não da situação atual do país”.
A Comissão esteve integrada por sua Presidenta, a Parlamentar Cecilia Brito (Argentina), María Luisa Storani (Argentina), os Parlamentares Amanda Núñez e Luis Sarubbi (Paraguai), o Parlamentar Álvaro Dastugue (Uruguai), e pela Vice-presidenta da Comissão Dennis Fernández e Adriana Pichardo (Venezuela). Também estiveram presentes os membros da Delegação venezuelana Luis Emilio Rondón, Eudoro González, Oscar Ronderos, Marialbert Barrios, Williams Dávila, Carlos Gamarra, Yul Jabour e Saúl Ortega.
Com Informaciones de Prensa Asamblea Nacional e El Nacional