Agência PARLASUL (18/04/2017) Na manhã deste domingo (16/4), integrantes da Delegação Parlamentar da Venezuela ante o Parlamento do MERCOSUL ofereceram uma coletiva de imprensa em relação aos fatos acontecidos na Venezuela nos últimos dias e que dão, segundo estes Parlamentares, “origem ao golpe de Estado perpetrado pelo Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), ao emitir as sentenças Nº 155 y 156, onde de maneira absoluta e clara impede o uso das competências do Poder Legislativo do país”.
Os Parlamentares de oposição ao Governo Maduro manifestaram a necessidade de que os países membros do MERCOSUL contribuam na aplicação dos elementos da justiça internacional para o restabelecimento da ordem institucional do país.
O Parlamentar Luis Emilio Rondón, Vice-presidente da Delegação Venezuelana, exigiu que “se respeite o livre exercício da Assembleia Nacional, se convoque as eleições que estão previstas para este ano como são as regionais, para que se gere um mecanismo de ajuda humanitária que dê medicamentos ao nosso povo que tanto necessita e que gerou um modelo atrasado”, assegurou Rondón.
Em resposta, “fez um convite para a mobilização do próximo 19 de abril destacando o artículo 68 da Constituição no qual estabelece a proibição do uso de substâncias tóxicas em manifestações pacíficas e uso de armas de fogo. Rondón defendeu que se respeite o povo venezuelano "que pede uma mudança pacífica e conta somente com a Carta Magna".
Luis Emilio Rondón finalizou, acompanhado dos parlamentares Eudoro González, Marialbert Barrios, Adriana Pichardo, José Gregorio Correa, Winston Flores, Lawrence Castro, Ramón López y Rafael Veloz, assegurando que “como representantes do povo, não vamos permitir que sigam hipotecando o futuro dos venezolanos”, disse Rondón.
Oficialistas denunciam "agenda planificada desde Washington"
Para o Parlamentar Saúl Ortega, do partido do governo PSUV, as ações empreendidas pela oposição são executadas "desde fora para derrocar ao governo bolivariano". Ortega se refiriu aos acontecimentos políticos da Venezuela e considera que há uma "agenda planificada desde Washington, com a cumplicidade dos presidentes do Brasil, Perú, Argentina e Paraguai para desestabilizar a democracia no seu país".
O parlamentar acusa aos dirigentes Henrique Capriles e Leopoldo López de estarem "vinculados ao terrorismo com financiamento dos Estados Unidos" e que a violência nas ruas tem a finalidade de "provocar uma massacre, para que haja uma intervenção norte-americana".
Por último, em diálogo com a Agência PARLASUL, Ortega destacou que "a Democracia está demonstrando fortaleza, com a Constituição e a lei ante estes acontecimentos, o Estado venezuelano e seus entes estão obrigados a garantir o direito à manifestação e proteger as pessoas".