Próximo Encontro por uma Agenda Regional de Gênero se realizará em Paraguai

Esta terça-feira 15 de Março se reuniram Parlamentares do MERCOSUL para continuar as discussões a fim de criar uma Agenda Regional sobre Gênero nos países do bloco, no Palácio Legislativo do Uruguai.
As palavras de boas-vindas e a introdução do Informe sobre o Primeiro Encontro realizado em Buenos Aires e objetivos primordiais da agenda, foram proferidas pelas Parlamentarias LiliánGalán do Uruguai e Fernanda Gil Lozano da Argentina, que resumiram as propostas da reunião passada em Buenos Aires.

Ana María Corradi, Parlamentar argentina indicou "aqui a política partidária não nos dividiu, há países que estabeleceram suas cotas mas é necessário monitorar e controlar o efetivocomprimento desta lei”.
Julia Perié comentou que quando se debatem as listas, “nós não estamos nos primeiros lugares, estes são nossos desafios, trabalhar para estar nestes lugares de poder".
Logo se realizou uma Homenagem a Berta Cáceres “mulher, indígena, e feminista” por parte deLilián Celiberti, que explicou que "os Direitos Humanos não são uma enteléquia, Berta é um exemplo de como devemos exercer esses Direitos Humanos e construir uma memória coletiva".

No contexto do Tráfico de Pessoas, a cargo da Diretora de Gênero do Ministério del Interior do Uruguai, July Zabaleta, anunciou que durante 2015 no Uruguai com ajuda da “Policia, se registraram 77 casos de Tráfico de pessoas em lugares de baixo nível econômico, majoritariamente mulheres; das quais, 6 casos foram com finalidade de exploração sexual e 69 casos de tipo sexual com crianças e adolescentes.

A sua vez, Dra. Liliana Magrini conversou sobre o “projeto de prevenção, uma nova construção de masculinidade” que é para a recuperação de homens violentos através da “capacitação de gênero, que deve ser feita em todas as áreas, no somente no poder judicial, assim como também, o seguimento dos resultados que temos”.

A Parlamentar da Província de Misiones, Cecilia Britto expressou "estas questões excedem nossas fronteiras, é necessário se trabalhar articuladamente entre nossas regiões".
Também a Parlamentar argentina María Luisa Storani explicou alguns projetos de Tráfico, Violência e Corrupção que serão levados na Comissão dos Direitos Humanos no PARLA SUL e também sobre um Protocolo sobre proteção de turismo juvenil, devido ao assassinato das duas jovens argentinas no Equador.

Do Instituto Interamericano de Direitos Humanos, Soledad García Muñoz apontou o Acordo que existe entre dito Organismo e o PARLASUL. Também destacou o feito de que “há organismos internacionais em que seus postos nunca foram integrados por mulheres”.

A Parlamentar Lilia Puig, advertiu que na Argentina as cotas apareceram como uma solução, “caminhamos rumo a um mandato de proporção, deveríamos ter Diretivas no PARLASUL, é necessário buscar articulação nos congressos”.
Dessa forma, a Parlamentar Liliana Berton de Bolívia agregou o trabalho pendente que deveria ser feito em conjunto com a Argentina para solucionar a “problemática do Tráfico de pessoas na fronteira destes países”.

Do Paraguai, a Parlamentaria Mirtha Palacios expos que a presença das mulheres no PARLASULdeveria se multiplicar, “o MERCOSUL tem muito pela frente, queremos mais mulheres noPARLASUL”.

Também estiveram presentes os Parlamentares do Paraguai Cirila Cubas de Villalta, AmandaNúñez e Ricardo Canese, e Mario Metazza da Argentina.

Por último, Karin Nansem, Representante do Movimento de Mulheres do Kurdistão, explicou a situação de violência de gênero nessa região, em que “mais de 400 civis morrem em suas guerras (…) se deveria ajudar as mulheres que lutam nesta Guerra Política”.
Ao final do encontro as Parlamentares propuseram continuar com as discussões por uma Agenda Regional de Gênero e suas problemáticas tanto no Paraguai, como na Bolívia.

Agência PARLASUR ma - mc